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É longe de Lisboa que me desgraço

por Nuno Azinheira, em 12.09.16

Captura de ecrã 2016-09-12, às 10.37.25.png

 Isto não são só coisas boas, calma. Há avanços e recuos, há momentos em que não conseguimos resistir. Portanto, não quero dar-vos a ideia de ilusão, nem que esta batalha, permanente e diária, é fácil. Não é. Também não é o bicho de sete cabeças que muitos, por medo e desconhecimento, pensam, mas não é fácil.

Este blogue, que se chama Tipo 2, tem um subtítulo: "Motivações, desafios e frustrações de um diabético em busca de melhor qualidade de vida". E, portanto, não vale a pena esconder-vos as frustrações. Tenho por aqui, ao longo dos últimos meses, partilhado convosco as motivações e os desafios. E, de quando em vez, algumas frustrações. Como aquela em Tavira, em agosto, quando não resisti a um rissol. Não teve problema nenhum, mas foi o simbolismo do primeiro rissol comido depois da minha mudança de estilo de vida. Quem já me lia nessa altura sabe como isso me marcou. Fiquei ali a matutar na coisa durante um tempo.

Pois bem, este fim de semana portei-me mal. Repito: portei-me mal. Agora em letra grande: PORTEI-ME MAL. Foi um conjunto de disparates. Não há outra forma de dizer. A coisa até começou bem no sábado, com 11 quilómetros de caminhada aqui em Lisboa, junto ao rio. Mas depois o resto do fim-de-semana foi para esquecer. Um amigo de infância fez 40 anos e, com aquela treta de "só se fazem 40 anos uma vez na vida...", convidou os amigos para um fim de semana numa herdade ao pé de Beja. Eramos, entre adultos e crianças, 40 e tal alminhas num monte fechado para nós. A coisa tinha tudo: sol, calor, piscina (imaginem toda a gente ali metida...), prova de vinhos (na Herdade do Vau produz-se o vinho Riso, de muito boa qualidade), acompanhada de queijos, enchidos, salgados e outras coisas do Diabo, jantar e dormida e pequeno almoço de domingo. Só faltou a pulseirinha, mas estava tudo incluído. Foi um grande espectáculo, mas, aqui para nós, não foi um espectáculo digno de se ver aqui para o meu lado. Já de regresso a Lisboa, fora do programa, decidimos almoçar em Serpa, no Molhó Bico. O excelente ensopado de borrego e o Pudim de Requeijão com Leite Condensado não foram o meu melhor momento. Mas estava deliciosos, ao menos isso.

Consequências? Bem, no sábado à noite, antes de me deitar, a glicose estava mais alta do que o normal (claro!), mas longe de níveis alarmantes: 162. Mas no jejum de domingo já tinha descido para 114. E ontem à noite, já depois de ter jantado um hamburguer de salmão e uma bela salada de tomate, já estava nos 99. Portanto, do ponto de vista da glicemia, a coisa voltou ao sítio. Não me pesei, mas sei que devo ter recuperado um quilinho com os anos do Nuno. Paciência, é a vida! 

Hoje, o meu sobrinho mais novo, Martim, completa 5 anos. Ai, vou ter de resistir tanto. Ai vou, vou...

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