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 "Ah, eu de manhã raramente tenho fome. Nunca tomo o pequeno almoço". Quantas vezes ouvimos esta frase de amigos e conhecidos? Muitas. Demasiadas. É um dos erros mais frequentes do ponto de vista alimentar, mesmo para gente saudável. Não, aquela história do "O pequeno almoço é a refeição mais importante do dia" não é tanga, nem conversa de médico ou de mamã. É mesmo verdade. E deve ser rico em nutrientes para começar o dia com energia e vitalidade.

Melhor do que eu, os médicos explicam porquê:

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 "O pequeno-almoço é a primeira refeição realizada após um período de jejum noturno, no qual o corpo necessitou de ir às suas reservas energéticas para obter energia para se regenerar e desempenhar funções básicas. Não tomar o pequeno-almoço é, no fundo, prolongar esse período de jejum e de recurso corporal às reservas energéticas, sendo esse processo menos eficiente do que a obtenção da energia a partir dos alimentos. Isso provoca uma maior sensação de sonolência e fadiga, e a um menor desempenho cognitivo e físico, principalmente no período da manhã. Há ainda quem experimente dores de cabeça, agitação, má disposição geral e mesmo maior irritabilidade", escreve a Fundação Portuguesa de Cardiologia.

E mais: "Um estudo apresentado na American Heart Association Conference demonstrou que a toma de pequeno-almoço todos os dias estava associada à redução de 30%-50% do risco de obesidade e de resistência à insulina. Outros estudos publicados no American Journal of Clinical Nutrition demonstraram um menor risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e doença cardíaca em pessoas que tinham o hábito de consumir o pequeno-almoço. Contudo, no que toca ao efeito preventivo, importa não só a toma do pequeno-almoço mas também a sua qualidade."

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 Em minha casa, desde criança, sempre se deu muita importância ao pequeno almoço. Bem, eu não sou propriamente um bom exemplo. Ao longo da minha vida, nunca saltei um pequeno almoço, mas assaltei-o com coisas que jamais deveria ter comido. Sobretudo naquelas quantidades. Já aqui vos disse que, mais do que doces, a minha perdição são (eram) os salgados. E, portanto, durante muitos anos, um folhado de carne, um rissol ou uma empada fizeram parte da ementa da minha primeira refeição do dia. A tal que é suposto fornecer-nos nutrientes necessários para um dia cheio de vitalidade. No meu caso, cheio de gordura!

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 Desde que descobri que sou diabético, reforcei a importância do pequeno almoço. A ingestão diária de um pequeno-almoço saudável promove a saciedade e ajuda a controlar os níveis de açúcar (glicose) no sangue. Vejamos o que diz a IDF, International Diabetes Federation a propósito dos alimentos que devem/podem estar presentes num pequeno almoço equilibrado para diabéticos. Escolham alguns destes alimentos, não todos no mesmo dia, ok?

  • Água, chá e café não açucarados
  • Pão integral ou de mistura de farinhas pouco refinadas
  • Cereais de pequeno-almoço pouco açucarados e ricos em fibra
  • Leite magro
  • Iogurte magro e sem adição de açúcar, ao qual se pode adicionar sementes, frutos secos ou fruta fresca
  • Queijo pouco gordo (1 porção pequena, ex. 1 fatia fina)
  • Fiambre de aves (1 porção pequena, ex. 1 fatia fina)
  • Ovo cozido ou escalfado sem adição de gordura
  • Fruta fresca (1 peça, ex. maçã, pera, laranja, pêssego)
  • Vegetais

E, pronto, estamos conversados? 

 

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